[Resenha] Persépolis

Título - Persépolis (Completo)
Autora - Marjane Satrapi
Editora - Companhia das Letras
Ano da publicação - 2007
Tradução - Paulo Werneck

SINOPSE: Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita — apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores
de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente,o humor se infiltra no drama — e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar. Marjane Satrapi nasceu em Rasht, no Irã, em 1969, e atualmente vive em Paris.

Persépolis é um romance francês autobiográfico e em banda desenhada, escrito pela iraniana Marjane Satrapi. O livro conta toda a vida de Marjane, desde sua infância até a vida adulta. O livro traz em suas primeiras páginas uma breve introdução histórica sobre a política e a religião no Irã, áreas que estão ligadas. Isso foi muito útil, pois ter um apoio histórico ajuda a entender melhor a cultura do país.

Marjane, uma garota de 10 anos, vê sua vida completamente mudada quando em 1979 é iniciada a revolução que transforma o país monárquico e moderno em uma república islâmica conservadora.

No início, como Marjane ainda era uma criança, ela não sabia direito qual o tamanho da gravidade do que estava acontecendo, seu sonho era se tornar uma profeta. Por sorte Marjane nasceu em uma família com uma boa condição financeira e com pais bem liberais, o que tornou o início desta nova fase mais fácil para ela.

Marjane então se vê separada de seus amigos, pois meninos e meninas não podiam mais andar juntos, se vê obrigada a usar o véu islâmico, proibida a participar de festas e ter sua liberdade de expressão.

O livro é escrito em quadrinhos, os mesmo são organizados de forma trajetória a medida que Marjane cresce, enquanto o seu país passa por dois momentos históricos: a revolução islâmica e a guerra Irã-Iraque. Podemos ver as condições que levam a revolução e os acontecimentos após os xiitas atingirem o poder e implantares suas leis.

Com a guerra os pais de Marjane a mandam se refugiar na Áustria, para ela não ter que ficar no meio de toda aquela bagunça. Já na Áustria Marjane tem que enfrentar um outro problema, sem família e amigos por perto, ela passa por muitos momentos difíceis.

Quando Marjane finalmente volta para o Irã, todos estão tentando reconstruir sua vida pós guerra, sua sorte é que ela tem o apoio de sua família e amigos.

Os traços do livro são bem simples, sem muita elaboração de expressões e detalhes, o que torna a leitura fácil e até mesmo divertida. A força maior está no que é dito, mas isso não quer dizer que as imagens e até mesmo os detalhes não sejam impactantes.

Vale muito a pena conferir. Para quem se interessar há uma adaptação cinematográfica que também é excelente, no entanto, os quadrinhos trazem muito mais detalhes.

Foi realmente uma leitura maravilhosa, uma verdadeira aula de história, uma visão realista e critica da realidade. Quero agradecer a minha prima Rozinha por ter me indicado e emprestado este excelente livro e já quero compra-lo para te-lo em minha estante. rs

Abraços, Alana.